O IPC Marketing divulgou dados da pesquisa que realiza anualmente com o objetivo de mensurar e conhecer o consumidor brasileiro. A sigla significa Índice de Potencial de Consumo, e identifica o consumo de cada classe social, em quais setores e em que escala.
O consumo previsto para o ano é de R$2,452 trilhões, superando em R$252 bilhões o valor de 2010. O crescimento é significativo, mas menor quando comparado com 2010, que foi R$382 bilhões maior que 2009. Ainda assim o Brasil segue numa impressionante crescente do consumo, se pensarmos que em 2005 os brasileiros consumiram R$1,1 trilhão.
Como em 2010 pela primeira vez na história a classe C se passou a representar mais da metade da população já era esperado um crescimento também da fatia da classe média no consumo nacional. O valor consumido ultrapassará o patamar de R$1 trilhão, aumentando sua parcela no consumo 41% para 44,3%. Vale ressaltar que para o IPC a classe média é composta pelas classes B2, C1 e C2, sendo as duas primeiras as principais responsáveis por esse crescimento no consumo, representando juntas R$1 trilhão.
Em termos geográficos o consumo brasileiro continua bem maior no sudeste, que deve ficar com uma parcela de 52,2%. A região porém é a única que apresentou queda, pois em 2010 tinha 52,7% de participação. Nas outras regiões se observa um pequeno crescimento: A Sul passou de 16,5% para 16,6, enquanto Centro-Oeste de 7,7% para 7,9%, e a Norte, de 5,3% para 5,4%.
Apesar de pequena, a queda de participação do sudeste indica o que o movimento de grandes empresas vem mostrando: o espaço para crescimento existente em nas outras regiões do país. Empresas de varejo tem ampliado suas lojas, deixando de se concentrar apenas no sudeste, e aproveitando a maior distribuição de renda que vem acontecendo. Esse fator é comprovado com os números de consumo das cidades. Em 2010 as 50 maiores cidades do país foram responsáveis 45,8% do consumo, e na estimativa para 2011 este valor cai para 44%. São Paulo e Rio de Janeiro também tiveram queda em sua participação.
Por fim, para onde vai o dinheiro. O consumo separado por categorias:
Item | Participação | Total |
Manutenção do lar | 26,40% | R$ 647,328 bilhões |
Outras despesas | 25,90% | R$ 635,068 bilhões |
Alimentos/Bebidas | 17% | R$ 419,292 bilhões |
Higiene e Saúde | 8% | R$ 196,160 bilhões |
Transportes | 7,40% | R$ 183,900 bilhões |
Vestuário/Calçados | 4,70% | R$ 115,244 bilhões |
Recreação/Viagens | 3,40% | R$ 83,368 bilhões |
Educação | 2,40% | R$ 58,848 bilhões |
Eletrodomésticos/Equipamentos | 2,20% | R$ 53,944 bilhões |
Mobília/Artigos para o lar | 1,80% | R$ 44,136 bilhões |
Fumo | 0,50% | R$ 12,260 bilhões |