Nos últimos anos o posicionamento verde, de defensor do meio ambiente e engajamento ambiental foi adotado por muitas empresas. O tema invadiu o marketing, se tornou tendência e passou a ser prioridade. Hoje, depois de passada a febre, ainda é complicado avaliar os resultados que esse posicionamento oferece às empresas.
Que fique claro que não sou contra a sustentabilidade, e acredito que é uma obrigação das empresas colaborar para que o consumo seja algo sustentável. Porém, posicionamento não tem nada a ver com atitude. Uma empresa pode e deve ter ações de preservação e sustentabilidade, o que não significa que este deve ser o ponto central de sua comunicação.
Posicionamento é a maneira como você quer ser percebido e lembrado pelo seu consumidor. É sua imagem na mente do cliente. Um posicionamento “verde”, além de não ser comprovadamente um bom discurso, não é de maneira nenhuma um diferencial real para a marca. Diferencial real para mim é algo que seus concorrentes não conseguirão equiparar a curto e médio prazo. Um discurso sustentável qualquer empresa pode ter, e algumas pequenas ações, mesmo que não muito significativas, já o tornam verdade.
A importância que o consumidor dá ao tema tem sido tratada em praticamente todas as pesquisas de consumo, e os resultados ainda são contraditórios. Alguns estudos mostram que a preservação do planeta é um tema relevante, outros que o consumidor tem dado menos importância ao assunto, e a maioria indica que praticamente não existem consumidores dispostos a pagar mais por um produto sustentável.
Esses resultados confirmam para mim que ainda é cedo para ter um posicionamento focado em meio ambiente e sustentabilidade, e que este tema deve ser tratado por todas as empresas, não sendo a base do discurso.