Bom, como tem um comentário no vídeo do Youtube pedindo explicações, vou começar explicando o conceito de compra coletiva. Compra coletiva é a compra realizada por várias pessoas (sim, bem óbvio), que através do volume conseguem preços mais baixos. Os sites de compra coletiva colocam a venda produtos ou serviços por um preço mais baixo. No popular, pague R$30 e leve R$60, compre um e leve dois, e assim por diante.
O Peixe Urbano, um dos principais sites do mercado, realizou nos dias 12 e 13 de Maio, em um shopping de São Paulo, uma das ações mais criativas que eu já vi, mas com alguns “poréns”. Uma máquina de auto-serviço, como as de refrigerante, vendia dinheiro. Com R$50 você comprava R$100, com R$20 comprava R$50 e assim por diante, até os R$2.
A idéia além de criativa é um exemplo perfeito do sistema de compra coletiva, pague X e consuma 2X. Só que aí vem o primeiro porém: A ação não foi assumida por ninguém, nem agência nem cliente, pois pode ser considerada ilegal. É proibida a venda ou distribuição de dinheiro no Brasil. Assim, o impacto da ação na marca Peixe Urbano já cai bastante, e o boca a boca envolvendo o nome da empresa acaba se restringindo aos profissionais da publicidade e do marketing.
Como disse, achei a idéia muito boa, e para quem fez publicidade como eu fica a admiração para a Almap, agência do Peixe Urbano. Mas como profissional de marketing fica a dúvida: Há um ROI* relevante para a empresa? A marca sai mais forte e mais conhecida?
Acho que se a divulgação do sistema de compra coletiva não é especificamente vinculada pela ação de marketing ao Peixe Urbano, todo o setor de compra coletiva sai ganhando, e não a empresa que investiu na ação.
Abaixo o vídeo que mostra o alvoroço causado pela máquina:
*ROI: Return On Investment – Retorno sobre investimento